"Aos homens está
ordenado morrerem uma vez, vindo, depois disso, o juízo" (Hb 9.27).
Através
da doutrina da reencarnação, o Espiritismo tira todos os méritos de CRISTO como
o Salvador da humanidade.
Toda
forma de adivinhação é condenada na Bíblia - Lv 19.31; 20,27
Adivinhar
utilizando vara — rabdomancia - Os 4.12
Adivinhar
utilizando fígado — hepatoscopia - Ez 21.21
Adivinhar
invocando os mortos — necromancia - Is 8.19
Adivinhar
utilizando água — hidromancia - Gn 44.5
Adivinhar
mediante os astros — astrologia - 2 Rs 17.16; Is 42.13
As
seitas ocultistas ligadas ao Espiritismo, que vamos estudar nesta lição, são o Kardecismo, Legião da Boa Vontade, Umbanda e demais cultos
afro-brasileiros.
HISTÓRIA
1.
As irmãs Fox. A doutrina da
reencarnação é muito antiga; vem desde o hinduísmo, passando pela Grécia
antiga. Foi em 1848, em Hydevisllle,
Estados Unidos, que as irmãs Margaret e Kate Fox afirmaram ver as mesas
girando, e ouvir pancadas na casa em que moravam. Faziam perguntas e estas eram
respondidas mediante estalidos de dedos. Elas tiveram a sensação de estar se comunicando
com o mundo invisível.
2.
Allan Kardec. Seu nome
verdadeiro era Hipolyte Léon Denizard
Rivail, médico e professor francês. Nascido em 1804,
lançou a sua primeira obra O Livro dos Espíritos, em 1857. Influenciado por um
amigo, passou a frequentar reuniões espíritas e, por fim, tornou-se médium. Em
1858, organizou em Paris a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas. Adotou o
nome Allan Kardec, alegando ser este o seu nome na outra encarnação.
3.
No Brasil. Antes mesmo da morte
de Kardec, em 1869, Luís Olímpio Teles de Menezes fundou em Salvador, BA, o
primeiro centro espírita, em 1865. Em 1873, foi fundada no Rio de Janeiro uma
sociedade espírita, da qual surgiram outros grupos. Dez anos depois, começaram
a publicar a revista O Reformador que, ainda hoje, é o órgão oficial dos
espíritas brasileiros.
4.
Diversos grupos espíritas. Entre
os grupos espíritas no Brasil, podemos mencionar, além
do espiritismo kardecista, as seguintes ramificações: Legião da Boa Vontade, Ordem
Rosacruz, Racionalismo Cristão, Cultura Racional, Círculo Esotérico da Comunhão
do Pensamento, além dos cultos afro-brasileiros. Estes últimos não se
consideram espíritas, mas Allan Kardec define, como espírita, todo aquele que
crê nas manifestações dos espíritos.
5.
Legião da Boa Vontade. As
mensagens dos programas dessa instituição parecem evangélicas, mas, como as
demais seitas, o JESUS deles não é o mesmo revelado no Novo Testamento.
Doutrinas.
Negam a personalidade do ESPÍRITO SANTO e a infalibilidade da Bíblia, o parto
de Maria e, portanto, a humanidade de CRISTO. Por causa de sua crença na
reencarnação, negam a deidade de CRISTO e a doutrina do inferno.
ESPIRITISMO X CRISTIANISMO
1.
Espiritismo e Cristianismo. Allan
Kardec ensina que o Espiritismo é a terceira revelação de DEUS à humanidade.
Segundo ele, Moisés foi a primeira. CRISTO, a segunda
e Kardec a terceira. Na Bíblia, porém, há um abismo intransponível entre o
Espiritismo e o Cristianismo.
2.
Reencarnação. No mundo do
ocultismo, outras palavras e expressões são usadas para designar a reencarnação:
transmigração, renascimento, metempsicose.
a)
Popularidade da crença. Hoje, a
crença na reencarnação tornou-se muito popular, inclusive porque ela (segundo
eles) visa aperfeiçoar a humanidade no sentido moral, espiritual e até físico.
Alguns deles creem que a pessoa pode reencarnar-se num animal ou mesmo num
inseto. Os adeptos de Hare Krishna, por exemplo, não
matam uma barata, pois correm o risco de estar matando a própria avó. O kardecismo não crê na transmigração das almas; ensinam que
os espíritos somente reencarnam-se em seres humanos, sejam estes homens ou
mulheres.
b)
O sofrimento humano. Os
espíritas jactam-se de ter a explicação para o fenómeno do sofrimento humano.
Quem nasce com defeito físico, por exemplo, é sinal de que está incluso na lei
do carma. Isto é: uma espécie de lei complicada de causa e efeito. Essa pessoa
está pagando o que fez em outras encarnações, e, assim, terá de prosseguir até
aperfeiçoar-se. Por essa razão, procuram ser generosos, fundam creches e dão
assistência aos necessitados. Reencarnações e boas obras são os meios para a
salvação, segundo eles.
c)
Resposta bíblica. A Bíblia diz que a
reencarnação não existe (Hb 9.27), e que consultar os mortos é violar as leis
de DEUS (Lv 19.31; 20.27; 2 Rs 20.1.5,6; 23.24). Quando
os discípulos de JESUS lhes perguntaram quem havia pecado, se o cego de
nascença ou seus pais, a resposta de JESUS foi clara, destruindo completamente
o argumento espírita: "Nem ele pecou, nem seus pais" (Jo 9.3). Além
disso, seria muito cruel alguém padecer sem saber o por quê.
Quanto a essa suposta encarnação, ninguém se lembra, porque simplesmente ela
não existe. Os que alegam terem vivido noutras encarnações, entram em tantas
contradições em seus relatos, demonstrando claramente que tudo isso não passa
de um perigoso engano que pode custar, inclusive, a eternidade da pessoa. A
salvação é pela fé em JESUS, e não pelas obras (Ef 2.8,9; Tt 3.5). O sacrifício
de JESUS pode salvar perfeitamente os que se aproximam dEle (Hb 7.25).
PASSAGENS BÍBLICAS
UTILIZADAS PÊLOS KARDECISTAS
l.
Bíblia. Eles recusam aceitar a
Bíblia como a infalível Palavra de DEUS, principalmente onde ela condena as
práticas espíritas. Mas quando o assunto lhes interessa, aí resolvem citar a
Bíblia. Mas suas interpretações bíblicas são esotéricas; completamente fora da
hermenêutica sagrada.
2.
Saul e a médium de En-Dor. Eles
reivindicam o texto de l Samuel 28, onde se narra o episódio de Saul e a
feiticeira, para consubstanciar suas crenças. Mas à luz do contexto bíblico,
ela falou com os "deuses" que subiam e não com Samuel. Só depois que
a médium viu o suposto Samuel é que reconheceu a Saul (l Sm
28.12).
a)
Saul consultou a feiticeira e não a
Samuel. DEUS não respondeu a Saul nem por sonhos, nem por ürim e nem por profeta (l Sm
28.6). A Bíblia afirma que Saul consultou a "feiticeira" e não a
Samuel nem ao Senhor (l Cr 10.13, 14).
b)
As Profecias que não se cumpriram (l Sm 28.19). "Amanhã
tu e teus filhos estareis comigo". Saul não morreu no dia seguinte,
segundo a nota de rodapé da Bíblia Vida Nova. Ele morreu dezoito dias depois
dessa sessão espírita. Também não morreram todos os seus filhos (l Sm 28.19): Isbosete, Armoni e Mefibosete (2 Sm 2.8-10;
21.8) sobreviveram. Por outro lado, temos de convir que um desviado que se
suicida não vai para o mesmo lugar onde se encontra um profeta de DEUS. Saul,
pois, não foi para junto de Samuel. Notemos ainda que ele não foi entregue nas
mãos dos filisteus; ele preferiu suicidar-se (l Sm
28.19; 31.4). Mais tarde, os homens de Jabes-Gileade
sepultaram-lhe o corpo (l Sm 31.11-13). DEUS não
deixou cair por terra nenhuma palavra de Samuel (l Sm
3.19). Por conseguinte, a entidade que dialogou com a feiticeira era um espírito
demoníaco disfarçado de Samuel, como acontece nas sessões espíritas ainda hoje.
3.
Elias e João Batista (Mt 17.1-13). Os espíritas têm feito grandes alardes com
relação a esta passagem para justificar a falsa doutrina da reencarnação. Eles,
porém, não se dão conta de que Moisés morrera cerca de 1400 antes, reaparecendo
como o mesmo Moisés, e não como uma reencarnação. Elias sequer morreu (2 Rs 2.11). João Batista veio na virtude e no espírito de
Elias (Lc 1.1.17), pois se vestia como Elias: Vestes de pelo e cinto de couro (2 Rs 1.8; Mt 3.4). Ambos eram homem
do deserto (l Rs 19.9,10; Lc 1.80); eram de igual modo contundentes em suas
palavras e pregaram contra reis ímpios (l Rs 21.20-27; Mt 14.1-4). O próprio
João consciente de sua identidade e missão (Jo 1.26,27, 32,33), disse que não
era Elias (Jo 1.21).
O CHAMADO BAIXO
ESPIRITISMO
l.
Cultos afro-brasileiros. Os
cultos afro-brasileiros chegaram ao Brasil através dos escravos africanos, na
era colonial. Os três principais grupos são: Umbanda, Quimbanda e Candomblé.
Eles não se consideram espíritas. O chamado alto espiritismo não lida com
adivinhação, como búzios, quiromancia, nem com os diversos ramos da cartomancia
e outras formas de adivinhação. A coluna vertebral desse ramo espírita é a
reencarnação e a necromancia condenadas pela Bíblia (Dt 18.11). Da mesma forma
os cultos afro-brasileiros são feitiçarias, pois todos mexem com encantamentos,
espíritos e magias (Dt 18.11). Isaías descreve com precisão essas práticas
condenadas pela Palavra de DEUS (Is 65.3-5).
2.
Umbanda. Aqui, há uma mescla de
raças. Há elementos indígenas - pajelança, bebidas, ervas
para banhos, charutos etc.; elementos africanos - candomblé; e elementos
brancos - as imagens do catolicismo romano. Os orixás correspondem aos santos
da Igreja Católica.
3.
Candomblé. É um ramo tipicamente
africano. Há variedades em suas práticas, porque vieram de várias regiões da
África. Umbanda e Candomblé são chamados Xangô em alguns estados do Nordeste,
como Alagoas e Pernambuco, e no agreste nordestino são conhecidos como Catimbó.
4.
Quimbanda. É a magia negra. O
deus principal deles é Exu, Lúcifer, Beeizebu e o
próprio Satanás. O culto deles é prestado diretamente a Satanás. Diferentemente
da Umbanda e do Candomblé, estes adoram a Satanás, mas de maneira disfarçada.
Os
adeptos dos cultos afro-brasileiros são mais receptivos ao evangelho de JESUS
do que os kardecistas. Os adeptos do chamado alto espiritismo são arrogantes e
presunçosos. Eles acham que já têm o Evangelho Segundo Allan Kardec, e daí
pensam que não precisam de JESUS.
A
palavra espiritismo tem sua origem no vocábulo francês espiritisme.
O Espiritismo é uma doutrina filosófico-religiosa baseada na
crença da reencarnação e comunicação com os mortos. Estas duas doutrinas
são absolutamente antibíblicas e anticristãs.
As
manifestações de cunho espírita remontam a épocas imemoriais no Brasil. Antes
do descobrimento, os índios praticavam a pajelança. Depois vieram os
portugueses, aparentemente cristãos, mas comprometidos com a bruxaria praticada
na Europa. Por fim, vieram os escravos oriundos da África com suas práticas
animistas e fetiches.
"Quatro
foram os contingentes que contribuíram para a formação dos cultos afros: o
catolicismo lusitano, a crendice ameríndia, o fetichismo africano e o
espiritismo de Kardec. Deste amálgama, brotou uma religiosidade que tantas
almas vem escravizando nestes séculos de Brasil. Para
alguns, ela não passa de folclore. Todavia é um culto declarado ao demónio".
"Nota-se,
pois, que a principal característica dos cultos afros é o sincretismo que,
segundo Eugene Nida, envolve uma acomodação de
conteúdo, uma síntese das crenças e uma amalgamação das cosmovisões de tal
forma a prover algumas bases comuns para a construção de um novo sistema ou uma
nova abordagem".
"O
Catolicismo Lusitano
"O
catolicismo romano amalgamou-se rapidamente às religiões ameríndias. Afinal,
precisavam os colonizadores encontrar um meio de salvar a alma do gentio que,
naquela época, podia ser contado aos milhões em solo brasílico. Infelizmente,
não era intenção da igreja romana ganhar a alma do
índio; escravizá-lo era a sua intenção. Ainda com as experiências do Tribunal
do SANTO Ofício vivas em sua mente, os novos donos da terra utilizaram-se dos
mesmos recursos para submeter o pagão que habitava este paraíso".
"Nesta
transculturação, foram os lusitanos absorvendo o paganismo que tentavam
destruir".
"A
Crendice Ameríndia - Embora subjugados, os índios que aqui viviam provaram que
a sua religião não podia ser facilmente vencida pelo homem branco. Suas lendas
e tradições tinham uma força muito grande; nascidas num cenário rude e floral, acabaram por influenciar o poderoso catolicismo romano. O
que dizer dos espantos e medos de nossos matutos? Não são um retrato fiel das
crenças das diversas nações índias?
"A
religião indígena era mui rudimentar e impregnada de magia. Nossos selvagens
julgavam-se filhos de Guaraci, a mãe de todos os homens. Eles acreditavam que
Jaci era a criadora dos vegetais. Mas, quem eram Guaraci e Jaci? O sol e a lua,
simplesmente. Para alimentar sua vida livre e concupiscente, rendiam homenagens
a Rudá, que era o deus encarregado do amor e da
reprodução".
"Como os outros seres humanos,
eles acreditavam também na existência do mal.
Quando a noite chegava, recolhiam-se amedrontados. Jurupari já estava à
espreita para infundir-lhes pesadelos e apertar a gargantas de suas crianças.
Além de Jurupari, os índios brasileiros temiam ainda outros espíritos e
demónios. Para que os espíritos malignos não se apossassem de seus COIROS, eles
pintavam as entranhas com cores fortes. O vermelho era a cor predileta. Por
ocasião das cerimónias fúnebres, seus cuidados redobravam-se.
"O
sacerdote das várias religiões indígenas era o pagé
que, segundo Capistrano de Abreu, curava os doentes, dava ou tirava a saúde,
roubava e escondia a alma de quem o ofendesse. Se algum
sucesso obtinham na cura das enfermidades, devia-se ao conhecimento que
conservavam das ervas medicinais. A cura, porém, não era a regra; constituía-se
uma feliz exceção naquele mundo de superstições e misérias espirituais.
"O
Fetíchismo Africano - Já no Brasil, os africanos começaram
a acomodar o seu fetichismo ao catolicismo e às religiões ameríndias. Mais
tarde, farão o mesmo com o espiritismo kardecista. Aliás, o fenómeno da
acomodação não é novo. Na história do povo de Israel, podemos ver claramente
uma tentativa de acomodar o culto mosaico às religiões vizinhas. E, por pouco
os idólatras não conseguem o seu intento. Foi necessário os profetas bradarem
eloquentemente para impedir a degenerescência da religião mosaica".
"Ora,
como a Igreja Católica Romana nunca teve qualquer preocupação profética, pois
ela mesma é o produto de várias acomodações, foram os escravos adaptando-se ao
universo religioso que se formava no Brasil. Eram influenciados pelo catolicismo;
influenciavam o catolicismo".
"E,
assim, muitas entidades africanas passaram a ser identificadas com santos
católicos e com personagens do panteão ameríndio. Oxalá, a principal divindade
dos ionibas baianos, assimilou-se a CRISTO. Ogum, a
São Jorge. Xangô, a São Jerônimo. E, Yemanjá, a Nossa
Senhora".
"Escreve
o sociólogo Arthur Ramos a respeito de Yemanjá: "As deusas-mães nos chegaram ao Brasil por intermédio de Yemanjá. Com Yemanjá
vieram mais dois orixás iorubanos: Oxun e Anhamburucxu. No Brasil houve uma forte
confluência mítica: com as deusas-mães, sereias do paganismo supérstite europeu,
as nossas senhoras católicas e as iaras ameríndias."
"O
Espiritismo Europeu.
"Na
formação das religiões afros, muito contribuíram as
doutrinas espíritas sistematizadas pelo francês Alan Kardec. Embora uma das
religiões mais antigas, o espiritismo carecia de alguém como Kardec para
dar-lhe um corpo doutrinal que, à primeira vista, pode até impressionar. No
entanto, sua inconsistência é mais do que flagrante".
"Foi
essa crença na encarnação e na comunicação com o mundo dos mortos que levou os
escravos a terem um ingrediente a mais neste cadinho de fetichismo, idolatria e
crenças mitológicas, que deu origem ao que popularmente chamamos de macumba".
"Embora
não o admitam os espíritas, as crenças de Kardec estão intimamente relacionadas
com as religiões afras. Se pudermos estabelecer um paralelo entre o Espiritismo
e a macumba, fá-lo-íamos desta forma: a macumba é o espiritismo sacerdótico e ritual; e, o espiritismo, a macumba sem a
liturgia cruenta. Por mais que os seguidores de Kardec queiram mostrar as
diferenças entre a sua religião e as religiões afras, na essência elas não
existem: desprezam ambas o bondoso DEUS e aferram-se
às doutrinas dos demónios; substituem a mediação de CRISTO por medianeiros que
não existem, pois frutos da imaginação do ser humano caído da graça de DEUS".
"A
macumba, como vimos, é o resultado das quatro vertentes que entraram na composição
do povo brasileiro. Sociologicamente falando, pode-se até explicar o fenómeno
dos cultos afros em nossa pátria. Mas, quando buscamos a sua origem,
descobrimos que o mesmo espírito que atuou nos sacerdotes de Baal, continua a
comandar os terreiros de macumba e candomblé. Os nomes são diferentes; diferentes
também os rituais. O espírito, porém, é o mesmo: contrário a DEUS e aos seus
mandamentos". (CCA)

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